Caros companheiros,
O mês de agosto é, habitualmente, o tempo de descansar e recarregar as energias para enfrentar mais um período, algumas vezes longo, de trabalho. Mas é também aquele tempo em que temos a oportunidade de refletir sobre o nosso propósito enquanto rotários, de reafirmação dos nossos valores e de fortalecimento da nossa missão comum, alinhada com a mensagem presidencial deste ano, “Unidos para fazer o bem”.
Esta mensagem recorda-nos que o impacto do Rotary surge quando estamos verdadeiramente unidos, em propósito, em valores, em serviço. E esta união começa nos clubes.
É importante termos presente que o coração do Rotary são os clubes. É neles que o ideal de servir ganha vida. É nos clubes que surgem as ideias, onde se constroem laços e se desenvolvem os projetos que transformam vidas. Sem clubes fortes, ativos e em crescimento, o Rotary não consegue cumprir o seu papel no mundo.
Por isso, reforçar o número de associados e fundar novos clubes é um passo fundamental para assegurar a continuidade, a vitalidade e a relevância do Rotary nas nossas comunidades.
Um clube com mais associados tem mais braços para servir, mais cabeças a pensar e mais corações comprometidos com as nossas causas. Cada novo associado traz consigo ideias inovadoras, experiências diferentes e talentos que podem amplificar a nossa ação e contribuir para a renovação do próprio clube, com entusiasmo e criatividade.
Devemos também pensar para além do crescimento dos clubes existentes, olhar para os lugares onde ainda não existe uma presença rotária e trabalharmos juntos na fundação de novos clubes. Esta é uma das formas mais eficazes de garantir que o Rotary continua a expandir a sua missão e a chegar a quem mais precisa. Cada novo clube é uma oportunidade adicional de levar o ideal rotário a novas comunidades, a novos contextos sociais e expandirmos, assim, o nosso alcance.
Fundar um novo clube significa multiplicar. O impacto, a presença e a força de ação. Significa entender que o mundo muda e que o Rotary precisa estar presente onde a mudança acontece. Significa tornar o Rotary mais acessível e mais próximo das pessoas, conhecendo melhor a sua realidade e mais capaz de a transformar para melhor.
Companheiros, o mundo enfrenta desafios cada vez mais complexos. Mudanças climáticas, desigualdades sociais, crises de saúde, conflitos e desinformação. Nunca foi tão importante ter pessoas unidas pelo bem comum, que escolhem servir e dar de si antes de pensar em si.
O Rotary oferece uma rede global para fazermos o bem. E essa rede precisa de crescer. Tudo pode começar com uma conversa, um convite, uma partilha daquilo que vivemos dentro do Rotary. Há tantas pessoas, por esse mundo fora, com vontade de fazer a diferença! Só precisam de saber que o Rotary existe, e que tem lugar para elas. Cada associado pode e deve ser um embaixador do Rotary. Alguém que, com orgulho, convida outros a fazer parte desta organização que muda vidas e que também muda quem nela participa.
A importância dos novos sócios e novos clubes não está apenas no que eles farão, mas no que eles significam. Eles são a prova viva de que o Rotary continua relevante, dinâmico e comprometido com o futuro. São o coração pulsante de um movimento que não para de se expandir, de se reinventar, de mudar o mundo através do serviço.
Vamos assumir este compromisso coletivo. Vamos fortalecer os nossos próprios clubes, vamos apoiar a fundação de novos e cultivar um ambiente de inclusão.
Lembremo-nos sempre que o bem multiplica-se quando é partilhado. Ao crescermos juntos, aumentamos a capacidade de servir. Ao criarmos clubes, expandimos as oportunidades de transformação. Ao unirmos mais pessoas ao Rotary, ampliamos a nossa voz e a nossa força.
Sem crescimento e renovação, o Rotary correria o risco de se tornar apenas uma linda lembrança do passado. Mas com novos sócios e novos clubes, o Rotary reinventa-se, como sempre fez, fortalece-se e prepara-se para o futuro bem apoiado nos nossos valores.
O Rotary que conhecemos e amamos chegou até aqui porque, em cada geração, homens e mulheres acreditaram no poder do serviço acima de si mesmos. Eles sonharam, ousaram e abriram caminho para os que vieram depois. Agora é a nossa vez. É tempo de continuar o legado, mas também de construir algo novo.
Acredito firmemente que, com este espírito, este será um ano marcante e, juntos, deixaremos um legado duradouro.
Deolinda Nunes, Governadora do Distrito 1970
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